SALA 6

CIAJG

José de Guimarães • Devir-Desenho-Objeto

2021.10.02 Sala 6 Devir Desenho Objeto

O desenho como processo de devir: homens-animais, rostos-máscara, seres-frutos estranhos, serpentes-dóceis figuras.

Tantas vezes considerado momento de intervalo ou de pausa na produção artística, o desenho para José de Guimarães (Guimarães, 1939) é, ao contrário, um exercício intenso de transformação da realidade, cobrindo um período de cinquenta anos de trabalho.

 

Esta seleção é apenas uma ínfima parcela dessa atividade prolixa, e que deixa de fora uma diversidade de inspirações e referências: o desenho arqueológico (que o artista praticou na Sociedade Martins Sarmento, em Guimarães), os desenhos realizados com máquina de escrever, a aerógrafo, os desenhos eróticos inspirados nas estampas japonesas, os esquissos de aparência infantil…

 

Estabelecendo diálogos com obras da coleção de arte africana, pré-colombiana e antiga chinesa, os desenhos apontam para um processo de devir: homens-animais, rostos-máscara, seres-frutos estranhos, serpentes-dóceis figuras… É a ideia de metamorfose que se persegue ou, como refere o poeta Carlos Poças Falcão: “Tudo desenha tudo. Tudo é desenhado por tudo. Há uma implicação e correspondência de cada coisa em cada coisa, numa relação que se projecta até ao infinito, no grande desenho universal”.



Ir para outras exposições do ciclo 

guidance.pt desenvolvido por Bondhabits. Agência de marketing digital e desenvolvimento de websites e desenvolvimento de apps mobile